sábado, 12 de março de 2011

Deslizar no palco ,


atravessar o tempo, girar na suavidade de lembranças boas e equilibrar a vida na ponta dos pés. Lançar o chapéu aonde ninguém precisa olhar, encontrar o passo certo entre um coração negro e a pele branca, mudanças irriquetas de quem sempre foi além. Descarregar um fardo de perturbações em um grito. Excentricidades, criar formas, transformar o corpo, buscar a perfeição no gesto. E o que vem depois? O silêncio. O estalar de dedos num único som. Basta repetir algumas vezes e cria-se o ritmo que marcou a história da música. Como representar o dom? Um conjunto inexplicável de qualidades? Podemos vê-lo dançando em silêncio, a música está ai, não está? (Ricardo Garcia ) .

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